Uma fábula
Bem, na outra postagem escrevi sobre fábula, porém postei o meu poema favorito sobre gato. Hoje escolhi uma fábula, escolhi a tradução de Neyde Smolka, a primeira tradução diretamente do grego para o português. Por aí há muitas versões, transcrevi do livro Esopo, Fábulas completas, da Moderna.
A Gata e Afrodite
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Uma
gata estando apaixonada por um belo jovem, suplicou a Afrodite que a
transformasse em mulher. A deusa apiedou-se de seu sofrimento e a transformou
em uma bela moça. Assim que o jovem a
viu, apaixonado, levou-a para a casa dele. Repousavam na câmara
nupcial, quando Afrodite, querendo saber se, mudando de corpo, a gata também
mudara o caráter, soltou um rato no meio do quarto. Esquecida do presente
momento, a jovem levantou-se do leito e perseguiu o rato, querendo comê-lo.
Indignada, a deusa a fez voltar ao estado anterior.
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Assim também, entre os homens, os que são maus por
natureza, embora mudem de estado, não mudam certamente de caráter
2 Comentários:
Moral da história... ainda que as circunstâncias da vida nos remodele e nos acomode em novos lugares, a excelência do nosso caráter prossegue, na adversidade.
A gatinha era um predador por excelência, e assim devia prosseguir. Afrodite deve ter ficado zangada consigo mesma, pela ilusão de que uma humana seria melhor em seus instintos do que um felino!
Bem, embora as fábulas e ditos populares encerrem uma sabedoria universal, não acredito que alcancem tamanha profundidade de pensamento como este. Que tal, investir nisso, sem subverter, porque conheço algumas versões jocosas dos provérbios populares. Abraço.
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