terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Uma fábula

Bem, na outra postagem escrevi sobre fábula, porém postei o meu poema favorito sobre gato. Hoje escolhi uma fábula, escolhi a tradução de Neyde Smolka, a primeira tradução diretamente do grego para o português. Por aí há muitas versões, transcrevi do livro Esopo, Fábulas completas, da Moderna.
A Gata e Afrodite


Uma gata estando apaixonada por um belo jovem, suplicou a Afrodite que a transformasse em mulher. A deusa apiedou-se de seu sofrimento e a transformou em uma bela moça. Assim que o jovem a   viu, apaixonado, levou-a para a casa dele. Repousavam na câmara nupcial, quando Afrodite, querendo saber se, mudando de corpo, a gata também mudara o caráter, soltou um rato no meio do quarto. Esquecida do presente momento, a jovem levantou-se do leito e perseguiu o rato, querendo comê-lo. Indignada, a deusa a fez voltar ao estado anterior.
Assim também, entre os homens, os que são maus por natureza, embora mudem de estado, não mudam certamente de caráter

domingo, 12 de janeiro de 2014

Os bichos e bichanos na Literatura

      Os poetas e os escritores, de modo geral, adoram escrever sobre bichos. Os exemplares mais "elegantes" aos mais asquerosos figuram muitas vezes, com maior destaque que seres humanos.
    Os animais são personagens muito frequentes nos mais diversos gêneros literários. Quem não se lembra de alguma fábula contada por sua mãe, avó ou tia? Trata-se de um gênero muito antigo e popular no qual animais se destacam por assumirem atitudes humanas, a fim de promover uma conscientização moral...
   Dificilmente, ao pensarmos em fábula, não nos venha à mente um nome de sonoridade esquisita, mas que conhecemos desde a infância: Esopo, o escravo que se notabilizou por escrever fábulas e nos deixou uma vasta obra que, apesar de retratar a cultura, os costumes gregos de seu tempo, nos têm muito a ensinar sobre o comportamento humano. 
     O texto que trouxe hoje, é  também sobre comportamento...Uma reflexão do escritor brasileiro Manuel Bandeira sob a forma de poema.
(Elisangela dos Santos Meira)

Pensão familiar
Jardim da pensãozinha burguesa.
Gatos espapaçados ao sol.
A tiririca sitia os canteiros chatos.
O sol acaba de crestar as boninas que murcharam.
Os girassóis
amarelo!
resistem.
E as dálias, rechonchudas, plebéias, dominicais.

Um gatinho faz pipi.
Com gestos de garçom de restaurant-Palace
Encobre cuidadosamente a mijadinha.
Sai vibrando com elegância a patinha direita:
— É a única criatura fina na pensãozinha burguesa.

Manuel Bandeira, in Estrela da Vida Inteira, Ed. Nova Fronteira, Brasil http://www.jornaldepoesia.jor.br/manuelbandeira04.html)

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Convalescença

Desintoxicando....

É incrível o tempo que resgatamos com apenas umas horas longe da TV, do celular, do computador...Estou me curando na companhia de meus queridos....Dando-me ao prazer de renovar com arte, carinho e reflexão. Muita reflexão... 
Divido com você alguns passos para uma convalescença bem sucedida...Mas não se esqueça, sempre sob a supervisão de um gato ou uma gata.